sábado, 8 de novembro de 2008

BRINQUEDO E CULTURA

Título: Brinquedo e Cultura
Autora: Gilles Brougère
Editora: Cortez
6ª Edição: 2006

O brinquedo é trazido pelo contexto cultural que se vive. A brincadeira é criada a partir daquilo que a criança tem de subsídios: o objeto em si (brinquedo) e o que traz à cabeça (contexto cultural que vive no momento).

Assim, o livro aborda várias teorias sobre a relação do brinquedo, da brincadeira e da cultura, levando à reflexão dos temas mais comuns ao assunto: a brincadeira cultural, a influência da televisão, brincadeiras de guerras...

Debati, dentro de mim, algumas afirmações que o livro traz, por não estar em total acordo com elas. São questões que, para um estudo mais aprofundado, precisaria de outros pontos de vista e outras fontes de pesquisas.

Acredito, como o autor, por exemplo, que as brincadeiras de guerra reflitam uma cultura, uma realidade em que vivemos, nós, os adultos, e que, é claro, não passa despercebido à criança. Mas daí, a achar que não devamos interferir em tais brincadeiras, com o intuito de mostrar o erro de tal situação, discordo.

Se não forem as crianças a perceberem o erro que há nesta matança cruel, sem propósito coerente, não haverá, realmente, o fim de tais conflitos.

Portanto, terei que deixar a reflexão deste livro em aberto, até que eu tenha estudado-o com outros pontos de vista (meu e de outras pessoas que o tenham lido e queiram discutí-lo). Mas, de qualquer forma, acredito que toda leitura é válida para que nós reflitamos sobre nossas crenças.

Boa leitura!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PRÉ-ESCOLA É NÃO É ESCOLA

Título: Pré-escola é não é escola - a busca de um caminho
Autora: Maria Lucia A. Machado
Editora: Paz e Terra
3ª Edição: 2002

O livro aborda uma questão pela qual eu luto e debato desde a faculdade: a Educação Infantil não deve ser vista como pré-escola.

A autora leva a uma reflexão sobre como deve ser visto o ensino de crianças de zero a seis anos. A frase sem pontuação vai se modificando ao longo das páginas para que pensemos nas diversas faces que a educação desta faixa etária têm.

Pré-escola significa "antes da escola", portanto não é uma escola?

Pré-escola significa "uma educação diferente da escola e que vem antes da dita 'educação formal' " e, por isso, é sim uma escola?

Pré-escola deve ter a educação sistemática e com as cobranças do ensino fundamental?

Pré-escola deve ser um local para as crianças brincarem já que nas cidades os espaços de lazer estão escassos e sem segurança?

Todos os questionamentos e todas as reflexões do livro acrescentaram muito aos meus pensamentos sobre essa "escola" da qual faço parte. Mas ainda não me tiram a certeza máxima que tenho para mim, de que, "pré-escola" é um termo que deve ser abolido imediantamente. Quando pudermos, efetivamente, falar sobre a Educação Infantil, talvez respostas mais rápidas e um pouco mais absolutas apareçam diante de nós.

Para um aprofundamento e um conhecimento maior sobre o que nós, professores de Educação Infantil, fazemos enquanto nossos alunos "brincam", tenham uma

Boa leitura!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

MANOLITO

Título: Manolito
Autora: Elvira Lindo
Editora: Matins Fontes
1ª Edição: 1999

A visão de uma criança como sendo o centro do mundo (o egocentrismo) já é conhecida de todos. Mas o livro aborda os acontecimentos da vida de um garotinho da Espanha, sob a ótica dele mesmo, como se tudo girasse de acordo com os acontecimentos de sua vida.

É um livro interessante, com acontecimentos comuns, cotidianos, desde o início do ano letivo até um aniversário surpresa, que coloca de maneira bela e única situações que vivemos todos os dia (ou que já vivemos) e que nos levam a pensar sobre como foi que encaramos isso (se já passamos) ou como encaramos quando acontece atualmente.

É uma leitura fácil e, para abordar questões do dia-a-dia com os pequenos, pode ser também muito bem aproveitado!

Boa leitura!

DOM CASMURRO

Título: Dom Casmurro
Autor: Machado de Assis
Editora: Paulus
Edição: 2005

Clássico...
Antigo...
Leitura obrigatória...
Bom...
Chato...

Já tinha ouvido de tudo sobre o livro quando resolvi que devia ler. Não por nenhum desses motivos que tinham falado, de que já tinha ouvido... Por ser um clássico, porque é leitura obrigatória pros vestibulares (bem, já passei dos vestibulares há algum tempo...), nem por ser bom e muito menos chato!

Resolvi ler, justamente, para que EU formasse minha opinião e pudesse saber o que é, realmente, que tem nesse livro...

Bem, como professora, claro que li muito mais pensando em como fazer para tornar o livro atraente, se não fosse, do que somente pela leitura. E como chego sempre à mesma conclusão (já está ficando repetitivo!), os alunos só não se interessam pelo livro porque os professores não sabem fazer a propaganda!

A história prende, traz inúmeros questionamentos, é um ótimo elemento para reflexão, nos faz questionar algumas coisas dentro de nós: conceitos, verdades, absolutismos, posturas...

Desde o questionamento comum da trama - Capitu traiu ou não traiu - até posturas tomadas, como Bentinho tornar-se Dom Casmurro. Porque pensemos juntos: tenha ele sido traído ou não, tornou-se introspectivo, afastou-se do mundo, "rejeitou" o mundo, não deu-se a chance de ser feliz.

E nós... Bem, nós também fazemos isso tantas vezes durante a vida... Sem nenhuma certeza concreta de atitudes alheias, deixamos nos levar pelo que achamos e, o pior, batemos o martelo numa verdade final que nos condena para sempre. Pois sim, nos condena, porque quem virou Dom Casmurro foi Bentinho e não Capitu...

Se quiser pensar na vida...

Boa leitura!

A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS

Título: A volta ao mundo em 80 dias
Autor: Júlio Verne
Editora: Martin Claret
2ª Edição

Eu já tinha ouvido falar nesse livro, mas nunca tinha tido nenhum contato com ele. Encontrei-o nas prateleiras e resolvi lê-lo.

É uma aventura e tanto! E, mais uma vez, fiquei pensando: por que professores insistem em dar aulas chatas quando têm recursos 15 vezes mais legal para despertar a curiosidade e estimular o aprendizado? Deixemos essa indagação constante de lado...

A aventura é de um cavalheiro que nunca muda sua rotina, nem em 01 minuto, e que por uma pequena conversa, aposta com seus amigos que pode dar a volta ao mundo em 80 dias. Nem um dia a mais, talvez algum a menos. Todas as suas economias estão em jogo e, junto com seu novo criado, partem em busca de ganhar a aposta. Em cada parte do mundo novas aventuras, uma corrida contra o tempo e contra um detetive, que corre atrás dele para prendê-lo por achar que é um ladrão de banco.

Durante todo o livro, conceitos de geografia, matemática, conhecimentos gerais e muitos outros poderiam ser abordados, além da imaginação e, é claro, o gosto pela leitura!

Se quiser se aventurar pelo mundo e estiver sem dinheiro ou tempo...

Boa leitura!

O APRENDIZADO DE PEQUENA ÁRVORE

Título: O Aprendizado de Pequena Árvore
Autor: Forrest Carter
Editora: Record
2ª Edição: 2005

Na capa do livro há uma frase que o compara ao "Pequeno Príncipe". Quando iniciei a leitura não pude deixar de tentar encontrar os elementos que tivessem levado a essa comparação. E, no início, não encontrei. Mas segui a leitura, pois é um livro que tem tudo a ver comigo, pois fala sobre um menino que aos 5 anos fica órfão e vai morar com os avós - índios.

Eu amo a vida dos índios. Embora viva em cidade e nunca tenha conhecido um índio pessoalmente, tudo o que aprendi sobre eles (a verdade, não o que a escola ensina!) sempre me fez amá-los, pensar na vida que levam e, se fosse eu a escolher, teria querido ser índio. É uma vida pura... Só isso já me bastaria.

Conforme segui a leitura fui me apaixonando, nem tanto pelo Pequena Árvore, mas muito mais por seus avós, que lhe ensinavam a viver somente com os gestos e com os exemplos.

E no final do livro, só pude refletir, pensar e chegar realmente à conclusão de que o livro traz sim, traços de "O Pequeno Príncipe", mas de outra maneira. Enquanto "Pequena Árvore" é no subjetivo, "O Pequeno Príncipe" já é direto e reto. Só não entende quem não quer. "O Aprendizado de Pequena Árvore" requer reflexão, requer coração e sentimentos. "Pequena Árvore" requer emoção.

Quer se emocionar??

Boa leitura!