sexta-feira, 26 de junho de 2009

MATILDA

Título: Matilda
Autor: Roald Dahl

Editora: Martins Fontes
3ª Edição: 1999

Matilda é daqueles livros que você lê em uma tarde de chuva, tomando chocolate quente embaixo das cobertas... E se você fosse eu, já iria se imaginando sentada num monte de almofadas, com seus alunos ao redor e você lendo cada capítulo com a devida empolgação, falando sobre como os livros podem nos levar pelo mundo da imaginação, etc, etc, etc... Tendo ainda o recurso do filme, que também é belo, e ainda conta exatamente a história do livro.

Matilda é a personagem esperta que, além de linda e inteligente, é especial, pela doçura, pela meiguice, pela força, coragem, por ser ela. Autêntica!

Um livro amável e doce, que nos faz pensar no quanto podemos destruir as ideias e as alegrias tão fáceis de uma criança ou alimentar e colocar lenha na imaginação e na criatividade dela.

É a visão de uma criança, com olhar terno, mesmo diante de tantas atrocidades; com visão clara, mesmo diante de tanta obscuridade adulta; com olhar amável, mesmo diante do anonimato forçado.

Matilda é você, sou eu, em algum momento da história. Das nossas histórias...


Boa leitura!

O VENDEDOR DE SONHOS E A REVOLUÇÃO DOS ANÔNIMOS

Título: O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos
Autor: Augusto Cury
Editora: Academia de Inteligência
Edição: 2009


"Há momentos em que estamos sós, profundamente sós, no meio da multidão. Nesses momentos, não espere nem exija nada de ninguém. Só você não pode se abandonar." (pg 263)

De qualquer coisa que poderia escrever deste livro, essa passagem diz tudo.

Revolução de anônimos - é estar só, lutando contra a maré, lutando contra o que acreditam, defendendo o que acredita, mas sempre só. Ainda que outros estejam ao seu lado, dentro de você, ninguém está.

Dentro de você, só você mesmo, com seus pensamentos, sentimentos, questionamentos, caminhos...

Por onde ir?
Para onde olhar?
O que fazer?
Continuar? Mudar?

Ninguém poderá dar a resposta, quando só você vai trilhar e ser responsável pelo trajeto e destino.

Ainda que seja muito difícil, a busca valerá a pena?
Se não houver resultado, a frustração ocorrerá?


Fiquei pensando em algumas coisas, principalmente quando cheguei nesta parte do livro... É difícil olharmos pra dentro e nos vermos sendo os únicos responsáveis pelo que queremos. É também difícil olharmos pra fora e enxergarmos que há tantas pessoas, mas ninguém está contigo.

Mas afinal, a vida é assim. Não há culpa nos outros... Como não há culpa em si... A "culpa" (se é que ela existe, neste caso) é de um modo de vida em que a sociedade global está inserida, está vivendo, está deixando-se levar...

Mudar, realmente, deveria ser o foco... Mas então... Quem está focado nisso...

Realmente, só os anônimos...

"Os grandes homens também choram, e quando desabam vertem lágrimas inconsoláveis..." (pg 318)

Boa leitura!

O VENDEDOR DE SONHOS

Título: O Vendedor de Sonhos
Autor: Augusto Cury
Editora: Academia de Inteligência
Edição: 2008

O Vendedor de Sonhos é sem dúvidas o livro perfeito, pelo menos no nome, para aquilo que sou. Se tudo o que tenho dentro de mim são sonhos, vende-los não poderia deixar de fazer parte do que acredito... Vende-los não no sentido que a sociedade conhece. Mas vende-los no sentido do livro, dá-los, oferece-los, presentea-los, mostrar ao outro como arranca-los de dentro de nós, porque, por mais que não saibamos, eles moram em nós.

É como o barro, a pedra, que só depois de moldada, de lapidada é que se encontra a bela forma, a nobre escultura encoberta nesse material bruto.

Esse livro me (re)despertou para ofertar, nem que seja num sorriso, o sonho para outros. A sociedade em que vivemos é muito cruel e fria. Não há amor nas veias da sociedade. Ele só existe no coração e nos olhos das pessoas que vivem. E infelizmente, diante desta sociedade, a morte se faz presente naqueles que mais estão "acordados".

A morte é algo tão relativo, tão abstrata que morrer ou eternizar está apenas em nós mesmos. Tantos vivem como mortos, enquantos outros não tem carne e osso, mas se fazem presentes tão mais realmente do que quem deveria...

Tudo é tão relativo nesta sociedade em que vivemos que não podemos fechar uma certeza em nenhuma questão. A verdade é apenas supostamente verdade durante um período. E um pequeno período. Analisar a sociedade é o melhor a fazer. Mas fechar a verdade sobre a sua opinião, não é nada bom.

Vender sonhos é somente, e tão simplesmente, ofertar ao outro uma simples visão de si mesmo. É somente, e tão simplesmente, colocar um espelho na frente daqueles que amamos, para que enxerguem uma paisagem tão bela, que não precisa de nenhum apetrecho para que exista. É somente a visão do nosso ser, do nosso existir, de nós, da nossa essência.

Nós somos o mais belo sonho a ser ofertado para quem quiser sonhar...


Você quer?


Boa leitura!!