quarta-feira, 8 de julho de 2009

O DIÁLOGO ENTRE O ENSINO E A APRENDIZAGEM

Título: O diálogo entre o ensino e a aprendizagem
Autora: Telma Weisz
Editora: Ática
2ª Edição: 2006

Este livro é muito gostoso de ler porque, além de abordar assuntos pertinentes à realidade de hoje em sala de aula, nos leva a refletir sobre práticas e pensamentos que temos arraigados em nós desde nossa formação.

Através de exemplos práticos vividos pela autora e/ou colegas, a arte de repensar o que vivemos na situação em sala ou no preparo do que vamos aplicar nos leva a questionar muitas práticas que temos e muitos modos de olhar uma mesma situação.

É interessante perceber que não é preciso fazermos como muitos livros propõem, pois cada realidade é uma e cada aluno também. Assim como cada interação de duas pessoas (professor - aluno), (aluno - aluno), (aluno - professor) também é uma e única.

Portanto, não há como prever uma forma de agir diante de alguma situação que há por vir. É necessário estarmos sempre refletindo, repensando, aprendendo, crescendo..., a fim de, no momento que precisarmos agir, termos subsídios capazes de nos guiar na melhor forma de resolver a situação que se apresenta a nós.

Essa é a arte de ser educador!
Não há nada pronto! E é o momento que nos dirá como fazer tal coisa!

Boa leitura!

sexta-feira, 26 de junho de 2009

MATILDA

Título: Matilda
Autor: Roald Dahl

Editora: Martins Fontes
3ª Edição: 1999

Matilda é daqueles livros que você lê em uma tarde de chuva, tomando chocolate quente embaixo das cobertas... E se você fosse eu, já iria se imaginando sentada num monte de almofadas, com seus alunos ao redor e você lendo cada capítulo com a devida empolgação, falando sobre como os livros podem nos levar pelo mundo da imaginação, etc, etc, etc... Tendo ainda o recurso do filme, que também é belo, e ainda conta exatamente a história do livro.

Matilda é a personagem esperta que, além de linda e inteligente, é especial, pela doçura, pela meiguice, pela força, coragem, por ser ela. Autêntica!

Um livro amável e doce, que nos faz pensar no quanto podemos destruir as ideias e as alegrias tão fáceis de uma criança ou alimentar e colocar lenha na imaginação e na criatividade dela.

É a visão de uma criança, com olhar terno, mesmo diante de tantas atrocidades; com visão clara, mesmo diante de tanta obscuridade adulta; com olhar amável, mesmo diante do anonimato forçado.

Matilda é você, sou eu, em algum momento da história. Das nossas histórias...


Boa leitura!

O VENDEDOR DE SONHOS E A REVOLUÇÃO DOS ANÔNIMOS

Título: O Vendedor de Sonhos e a Revolução dos Anônimos
Autor: Augusto Cury
Editora: Academia de Inteligência
Edição: 2009


"Há momentos em que estamos sós, profundamente sós, no meio da multidão. Nesses momentos, não espere nem exija nada de ninguém. Só você não pode se abandonar." (pg 263)

De qualquer coisa que poderia escrever deste livro, essa passagem diz tudo.

Revolução de anônimos - é estar só, lutando contra a maré, lutando contra o que acreditam, defendendo o que acredita, mas sempre só. Ainda que outros estejam ao seu lado, dentro de você, ninguém está.

Dentro de você, só você mesmo, com seus pensamentos, sentimentos, questionamentos, caminhos...

Por onde ir?
Para onde olhar?
O que fazer?
Continuar? Mudar?

Ninguém poderá dar a resposta, quando só você vai trilhar e ser responsável pelo trajeto e destino.

Ainda que seja muito difícil, a busca valerá a pena?
Se não houver resultado, a frustração ocorrerá?


Fiquei pensando em algumas coisas, principalmente quando cheguei nesta parte do livro... É difícil olharmos pra dentro e nos vermos sendo os únicos responsáveis pelo que queremos. É também difícil olharmos pra fora e enxergarmos que há tantas pessoas, mas ninguém está contigo.

Mas afinal, a vida é assim. Não há culpa nos outros... Como não há culpa em si... A "culpa" (se é que ela existe, neste caso) é de um modo de vida em que a sociedade global está inserida, está vivendo, está deixando-se levar...

Mudar, realmente, deveria ser o foco... Mas então... Quem está focado nisso...

Realmente, só os anônimos...

"Os grandes homens também choram, e quando desabam vertem lágrimas inconsoláveis..." (pg 318)

Boa leitura!

O VENDEDOR DE SONHOS

Título: O Vendedor de Sonhos
Autor: Augusto Cury
Editora: Academia de Inteligência
Edição: 2008

O Vendedor de Sonhos é sem dúvidas o livro perfeito, pelo menos no nome, para aquilo que sou. Se tudo o que tenho dentro de mim são sonhos, vende-los não poderia deixar de fazer parte do que acredito... Vende-los não no sentido que a sociedade conhece. Mas vende-los no sentido do livro, dá-los, oferece-los, presentea-los, mostrar ao outro como arranca-los de dentro de nós, porque, por mais que não saibamos, eles moram em nós.

É como o barro, a pedra, que só depois de moldada, de lapidada é que se encontra a bela forma, a nobre escultura encoberta nesse material bruto.

Esse livro me (re)despertou para ofertar, nem que seja num sorriso, o sonho para outros. A sociedade em que vivemos é muito cruel e fria. Não há amor nas veias da sociedade. Ele só existe no coração e nos olhos das pessoas que vivem. E infelizmente, diante desta sociedade, a morte se faz presente naqueles que mais estão "acordados".

A morte é algo tão relativo, tão abstrata que morrer ou eternizar está apenas em nós mesmos. Tantos vivem como mortos, enquantos outros não tem carne e osso, mas se fazem presentes tão mais realmente do que quem deveria...

Tudo é tão relativo nesta sociedade em que vivemos que não podemos fechar uma certeza em nenhuma questão. A verdade é apenas supostamente verdade durante um período. E um pequeno período. Analisar a sociedade é o melhor a fazer. Mas fechar a verdade sobre a sua opinião, não é nada bom.

Vender sonhos é somente, e tão simplesmente, ofertar ao outro uma simples visão de si mesmo. É somente, e tão simplesmente, colocar um espelho na frente daqueles que amamos, para que enxerguem uma paisagem tão bela, que não precisa de nenhum apetrecho para que exista. É somente a visão do nosso ser, do nosso existir, de nós, da nossa essência.

Nós somos o mais belo sonho a ser ofertado para quem quiser sonhar...


Você quer?


Boa leitura!!

sábado, 8 de novembro de 2008

BRINQUEDO E CULTURA

Título: Brinquedo e Cultura
Autora: Gilles Brougère
Editora: Cortez
6ª Edição: 2006

O brinquedo é trazido pelo contexto cultural que se vive. A brincadeira é criada a partir daquilo que a criança tem de subsídios: o objeto em si (brinquedo) e o que traz à cabeça (contexto cultural que vive no momento).

Assim, o livro aborda várias teorias sobre a relação do brinquedo, da brincadeira e da cultura, levando à reflexão dos temas mais comuns ao assunto: a brincadeira cultural, a influência da televisão, brincadeiras de guerras...

Debati, dentro de mim, algumas afirmações que o livro traz, por não estar em total acordo com elas. São questões que, para um estudo mais aprofundado, precisaria de outros pontos de vista e outras fontes de pesquisas.

Acredito, como o autor, por exemplo, que as brincadeiras de guerra reflitam uma cultura, uma realidade em que vivemos, nós, os adultos, e que, é claro, não passa despercebido à criança. Mas daí, a achar que não devamos interferir em tais brincadeiras, com o intuito de mostrar o erro de tal situação, discordo.

Se não forem as crianças a perceberem o erro que há nesta matança cruel, sem propósito coerente, não haverá, realmente, o fim de tais conflitos.

Portanto, terei que deixar a reflexão deste livro em aberto, até que eu tenha estudado-o com outros pontos de vista (meu e de outras pessoas que o tenham lido e queiram discutí-lo). Mas, de qualquer forma, acredito que toda leitura é válida para que nós reflitamos sobre nossas crenças.

Boa leitura!

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

PRÉ-ESCOLA É NÃO É ESCOLA

Título: Pré-escola é não é escola - a busca de um caminho
Autora: Maria Lucia A. Machado
Editora: Paz e Terra
3ª Edição: 2002

O livro aborda uma questão pela qual eu luto e debato desde a faculdade: a Educação Infantil não deve ser vista como pré-escola.

A autora leva a uma reflexão sobre como deve ser visto o ensino de crianças de zero a seis anos. A frase sem pontuação vai se modificando ao longo das páginas para que pensemos nas diversas faces que a educação desta faixa etária têm.

Pré-escola significa "antes da escola", portanto não é uma escola?

Pré-escola significa "uma educação diferente da escola e que vem antes da dita 'educação formal' " e, por isso, é sim uma escola?

Pré-escola deve ter a educação sistemática e com as cobranças do ensino fundamental?

Pré-escola deve ser um local para as crianças brincarem já que nas cidades os espaços de lazer estão escassos e sem segurança?

Todos os questionamentos e todas as reflexões do livro acrescentaram muito aos meus pensamentos sobre essa "escola" da qual faço parte. Mas ainda não me tiram a certeza máxima que tenho para mim, de que, "pré-escola" é um termo que deve ser abolido imediantamente. Quando pudermos, efetivamente, falar sobre a Educação Infantil, talvez respostas mais rápidas e um pouco mais absolutas apareçam diante de nós.

Para um aprofundamento e um conhecimento maior sobre o que nós, professores de Educação Infantil, fazemos enquanto nossos alunos "brincam", tenham uma

Boa leitura!

terça-feira, 4 de novembro de 2008

MANOLITO

Título: Manolito
Autora: Elvira Lindo
Editora: Matins Fontes
1ª Edição: 1999

A visão de uma criança como sendo o centro do mundo (o egocentrismo) já é conhecida de todos. Mas o livro aborda os acontecimentos da vida de um garotinho da Espanha, sob a ótica dele mesmo, como se tudo girasse de acordo com os acontecimentos de sua vida.

É um livro interessante, com acontecimentos comuns, cotidianos, desde o início do ano letivo até um aniversário surpresa, que coloca de maneira bela e única situações que vivemos todos os dia (ou que já vivemos) e que nos levam a pensar sobre como foi que encaramos isso (se já passamos) ou como encaramos quando acontece atualmente.

É uma leitura fácil e, para abordar questões do dia-a-dia com os pequenos, pode ser também muito bem aproveitado!

Boa leitura!